segunda-feira, 21 de julho de 2014

Entre garrafas e livros





Entre garrafas e livros

É pau é pedra é o fim do caminho... Para Paulo Leminski o fim pode ser o começo, o que não falta é paulada nem pedrada no caminho da sua poesia louca e erudita, tudo misturado ao mesmo tempo.

Louco, pois ele é um símbolo da contracultura de uma geração inteira, erudito porque ele bebeu na fonte dos originais, poliglota que era dispensou papos médios, preferindo o combate de alto nível como bom samurai que era.

Nesta biografia não faltam detalhes sobre a vida e a obra do poeta, sua falta de asseio, era avesso aos banhos e desleixado com os dentes, porém sua mente era inquietante na busca pelo conhecimento e novas experimentações nos mais variados suportes

Entre garrafas e bitucas, sua curiosidade era extensa, poeta, músico e compositor, jornalista e publicitário, tradutor e poliglota, crítico literário, professor e faixa preta de judô, para ele a poesia estava em tudo, poeta não se constrói, um poeta apenas nasce.


“A poesia está na literatura. A poesia está na letra de música popular. A poesia está no cartum e em experimentos gráfico-plásticos. A poesia está neste três lugares. Existe  tanta poesia em Drummond quanto em Caetano, Millôr Fernandes e John Lennon.”
Morto aos 44 anos de cirrose hepática Paulo Leminski deixou uma obra rica e complexa, amou plenamente tudo que se envolveu, articulou nas várias esferas do mundano e do saber.

VAZ, Toninho. Paulo Leminsk: O bandido que sabia latim. Rio de Janeiro, 2001.

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